Quarto Escuro

Recanto de pecado, tentador
Quadro negro e triste que me atrai,
levianamente

Almas que penam
corpos que passeiam
em aparente estado de graça
À caça

Balançando-se,
Desejando-se,
Cobiçando-se...

São cabeças e olhos e
troncos e braços e mãos e...

Procurando-se,
tocando-se,
descobrindo-se, ansiosos...

Querem-se, sem se verem
Desejam-se, sem se conhecerem

É o cio
A tesão febril de quem se procura num mar de nada
Num vazio de emoções e sentimentos

Reclamam o mundo,
quando à maioria bastaria apenas um sorriso,
um roce, um sopro de atenção e calor,
que lhes aqueça os dias e os sentidos

Sonhos impossíveis
de realizar, num quarto
demasiadamente sujo
demasiadamente escuro
demasiadamente quente
demasiadamente promiscuo

Não sei o que me trouxe aqui,
mas sei que aqui não pertenço!

Poema erótico

Satânico é meu pensamento a teu respeito, e ardente é o meu desejo de apertar-te nas minha mãos, numa sede de vingança incontestável pelo que me fizeste ontem.
A noite era quente e calma e eu estava em minha cama, quando,sorrateiramente, te aproximaste. Encostaste o teu corpo sem roupa no meu corpo nu, sem o mínimo pudor! Percebendo minha aparente indiferença, aconchegaste-te em mim, encostando-me a tua boca e mordend0-me sem escrúpulos. Até nos mais íntimos lugares. Eu adormeci.
Hoje quando acordei, procurei-te numa ânsia ardente, mas em vão. Deixaste em meu corpo e no lençol provas irrefutáveis do que entre nós ocorreu durante a noite.
Hoje vou recolher-me mais cedo, para na mesma cama te esperar. Quando chegares, quero agarrar-te com força e avidez. Quero apertar-te com todas as forças de minhas mãos.
Só descansarei quando sentir saírem do teu corpo todos os líquidos.
Só assim, livrar-me-ei de ti, mosquito Filho da Puta!

Socorro!!!


Juro por minha honra que se tiver que voltar a frequentar os ambientes gays para arranjar um companheiro, entro para a reforma. É que já não os aguento! Pelo amor da santa! Eu sou homossexual porque gosto de homens. Quem disse a estes tipos que têm o direito de passar a noite inteira a assediar um gajo que não lhes liga nenhuma?! Não é suficiente ignorá-los, olhá-los com cara de quem bate na avó, dizer-lhes baixinho ao ouvido para circularem...será preciso dar-lhes um murro no alto da pinha???

Never say Never!


Dentro das várias vertentes da homossexualidade, considero-me mais activo. Esta não é uma afirmação pejorativa em relação aos passivos, muito pelo contrário. Admiro-os! Considero que é preciso ser-se muito homem para se aguentar uma penetração.

Mas não quero dizer com isto que nunca experimentei. Para saber que não gosto e reconhecer o valor a quem o faz, claro que tive de experimentar. Tentei por mais que uma vez, com pessoas que fizeram questão e que eu entendi merecerem o esforço. Só por esse motivo admito fazê-lo, por consideração à outra parte, mas é um sacrifício, confesso.

No entanto, houve uma vez que fui bem fodido e gostei. Não me perguntem porquê, mas gozei aquele momento como se estivesse acostumado a fazê-lo todos os dias e consegui uma ejaculação daquelas que recordamos com um suspiro até ao fim da vida.

Era um calmeirão (um touro, como eu lhes chamo), com 1, 90 m de altura e uns 100 kgs de peso. Afirmo muitas vezes que só entendo a homossexualidade por gostar de homens, por isso só me excitam gajos com aspecto másculo e gosto deles grandes. Claro que depois na intimidade convém que prefiram virar-se de costas, mas isso é outro assunto. Para me darem tesão têm de parecer homens, caso contrário, nem os olho duas vezes.

Voltando à "tal" foda, foi de facto um acontecimento especial e único. Era um cliente que fazia questão de me bater à porta do escritório para me cumprimentar, de cada vez que ia ao meu local de trabalho. Por muito tempo encarei o gesto como um acto de cortesia, normal entre dois homens educados, mas houve uma altura em que os nossos olhos se encontraram e senti química.

Por um tempo achei ser impressão minha e por pouco me esquecia do assunto, se o tipo não me procurasse outra vez, desta feita já com uma conversa mais insinuante, o que me obrigou a concluir que a tal química não era exclusividade minha.

Um dia levei uma revista nitidamente homossexual e guardei-a na gaveta da secretaria. Na primeira vez que o vi entrar à recepção, abri a revista e deixei-a propositadamente em cima da mesa. Quando vi que se aproximava, saí a porta do escritório e convidei-o a entrar e que estivesse à vontade, que voltava num minuto.

Foi o suficiente. Quando voltei ao escritório, dou com ele a pousar a revista, um bocado atrapalhado, situação agravada pelo facto de não conseguir disfarçar uma erecção quase tão grande como ele...

Não vou detalhar o que se passou a seguir. Já devem ter percebido que este blog não tem propriamente uma linha direccionada à pornografia, mas posso dizer-vos que foi o primeiro e o único gajo que me penetrou e que eu tenha gostado. Desfrutei daquele momento sem um pingo de pudor, sem dores ou constrangimentos. Por vezes lembro-me do "touro", com um único lamento. Nunca mais o ter visto...

COM O OLHAR NO HORIZONTE


Oras vagas e tardias,

Ensejos mirabolantes,

Batidas de maresia,

Percorrem a costa errantes.



Fruto de intolerância,

Preconceitos absurdos,

Homens que a ignorância

Não deixa gritar, faz mudos…



Em vida de desagrado,

Correm risco em degredo.

Porque incorrem com seu fado,

Em vida de desejo e medo.



Penam com chuva ou frio,

De calças baixadas ao vento.

Amortalhando seu brio,

De paixão e desalento.



Horas? A quaisquer umas,

Matreiros esperam a presa.

Para correrem prás dunas,

Em completa incerteza.



Vida essa sem verdade,

De desejo amordaçado.

Favorece a promiscuidade,

Ser humano ultrajado!



Não lhe é dado o direito,

Que na natureza lhe assiste.

Pela falta de respeito,

Que no seu próximo existe.



Temem tudo até o dedo.

Acusador, intolerante.

Se colhidos no enredo,

De sociedade pedante!


San Sebastean

Nunca percebi muito bem o fascínio que a imagem deste a quem chamaram Santo, provoca nalguns homens, que serve de inspiração para tantos auto-retratos e os faz encarnar a personagem de uma forma quase real.
Será por muitos o considerarem o "padroeiro" dos homossexuais?









It's party time

Recuerdos


Temos (infelizmente) a tendência para criticar tudo e todos os que pensem, digam ou façam coisas que diferem da nossa maneira de ser. Muitas vezes até criticamos nos outros aquilo que nós próprios já fizemos, ou que viremos a fazer mais tarde. Já os antigos diziam que "a primeira semente a colher será a da língua" e tinham razão.

Não me acho de forma alguma melhor que os demais, mas assisto por vezes a comportamentos, nos quais não me consigo rever. Não quer isto dizer que não tenha já feito igual, ou pior. Não posso dizer que não gosto de ervilhas, se nunca as provei. De igual modo, situações em que agora não alinho, é porque já passei por elas e não gostei, ou porque com a amadurecimento passei a vê-las como menos próprias.

Por exemplo, do ponto de vista sexual, fui apurando os gostos com a idade. Hoje já não me envolvo com um determinado tido de pessoas, ou em certos lugares, o que não quer dizer que não o tenha feito noutro tempo. Nos meus tempos de juventude experimentei quase tudo. Se uns recordo com um sorriso nos lábios, outros houve que não deixaram saudades nenhumas, mas todos foram experiências e contribuíram para a formação do homem que sou hoje. Só por isso valeram a pena.

Lembrei-me hoje de um desses episódios, dos tempos em que eu era um jovem insaciável e queria experimentar de tudo. Andei um tempo cismado em ter sexo com um gajo numa casa de banho pública. Na época deslocava-me muito de comboio e quando precisava de usar os WCs da estação, apercebia-me que se faziam lá engates. A minha condição de puto tímido provocava-me algum constrangimento, mas saía de lá cheio de tesão e vinha para casa a trepar pelas paredes.

Um dia decidi que havia de ter qualquer tipo de contacto mais íntimo com alguém lá dentro. Queria saber como era. O que motivava aqueles homens ao ponto de se arriscarem num ambiente público, onde qualquer pessoa pode entrar. A sujeitarem-se a serem apanhados em flagrante e insultados a qualquer momento.

Entrei e olhei ao meu redor. O WC estava praticamente vazio, mas ao fundo estava um cota com os seus 50 anos, que olhava de cada vez que a porta se abria. Tinha idade para ser meu pai, mas era um tipo charmoso e enxuto. Terminei de urinar, dirigi-me aos lavatórios e pelo espelho reparei que o tipo me fazia sinal para que me aproximasse.

Enchi-me de coragem e coloquei-me ao seu lado. O cota estava excitado e eu tinha a pila que me queria rebentar a braguilha. Abri o zip e deixei-a respirar. Vi que se masturbava e comecei a fazer o mesmo. Estávamos sós e ele começou a falar-me ao ouvido, dando-me indicações de como me masturbar. "Agora mais rápido, agora mais devagar, agora pára, imagina que te fazem isto e aquilo, agora continua..." Em momento algum nos tocamos, mas aquela sensação de "fruto proibido" tinham-me completamente extasiado.

Infelizmente durou pouco. Apenas um momento. Esporrei-me rapidamente, mas foi uma ejaculação que me pareceu durar uma eternidade. Lavei as mãos e saí dali a correr, com aquele sentimento de menino que tinha feito asneira e receava ser descoberto.
Não tornei a vê-lo, mas nunca mais esqueci a sua voz rouca a sussurrar-me ao ouvido. Foi sem duvida a melhor punheta da minha vida.

Um dos filhos de Sócrates entra na casa de banho e vê o pai a mijar. Muito espantado diz:
-Eh pai, que pila tão grande!
-Oh filho achas a minha pila grande? Então espera até veres a da minha namorada!!!!

sexy chick

Para mim não, obrigado


A minha primeira reacção a respeito da homossexualidade foi de repúdio. Na ignorância da minha juventude e inexperiência, achava que ser homossexual se resumia a ser e actuar como aquelas "figuras" que esperavam pelos magalas na saída da porta de armas, ao fim da tarde. Que se pavoneavam para lá e para cá, em atitudes ridículas, de quem quer ser mais mulher do que as mulheres. Abominava-os. Ainda hoje não os suporto. Sei que não devemos discriminar, principalmente entre nós, como se não bastasse a intolerância de que sempre fomos vítimas, (em parte, por culpa desses mesmos comportamentos) pela maioria da sociedade em que estamos inseridos, que se consideram normais e a nós uns seres desprezíveis, talvez tipo umas criaturas verdes, vindas de outro planeta.
Por isso acho que devemos aceitar a todos da maneira que são, e aceito. Reconheço-lhes o direito ao seu raio de sol, mas reservo-me o direito de me manter afastado de um certo tipo de comportamentos. Nunca me achei menos homem por assumir a minha homossexualidade. Nunca fui efeminado e não me sinto minimamente atraído pelos que o são. Sou homossexual porque gosto de homens. Se deixei de me deitar com mulheres por já não me excitarem, para que quero um homem que se julgue e comporte como uma delas? Aceito as diferenças e acredito que para cada panela exista um testo, mas eu dispenso!

Para cada gusto, su color...








The good old school days

Eu chamo-lhe putice!


O mais recente estudo sobre sexualidade mostra que 600 mil Tugas estão viciados em sexo. Isto, de entre os que se confessaram! Na realidade devem ser muitos mais. Maioritariamente do sexo masculino. Diz-se que por um problema hormonal que aumenta os níveis de testosterona nos machos. No ambiente gay, será esta a explicação para tanta promiscuidade a que assistimos nos tempos que correm? Tantas horas passadas nos parques de estacionamento, tantos litros de combustível desperdiçados em intermináveis voltinhas? Eu consideraria este estudo uma perda de tempo, comparado com tantas outras perturbações da personalidade humana, não fosse pelas verdadeiras vitimas desta doença. Aquelas que inocentemente esperam em casa pelo companheiro, muitas vezes com o jantar pronto, enquanto ele percorre o percurso habitual, sem fazerem a mínima ideia do seu paradeiro. Sim, na maioria são casados, chefes de família, e neste caso não são outras mulheres o que procuram, nessas horas de cio.

O Hino (renovado)

O dia em que tudo mudou


A minha vida dava um livro, por tantas transformações que tem sofrido. O homem que sou hoje nada tem a ver com os tempos da minha juventude.
Sexualmente falando, fiz-me homem aos 14 anos. Por várias vezes fiz esta afirmação e sei que em muitas delas a minha palavra foi posta em causa, mas repito-a, por ser verdade. Dos 14 aos 21 fui heterossexual! Genuíno! Nunca, durante esses 7 anos, um homem me despertou a atenção.

Passado tanto tempo, se algo posso referir como possiveis sinais do que me viria a acontecer mais tarde, será o facto de nessa fase ter sido sempre fiel à única mulher que namorei e com quem casei. Foram tempos férteis. Era um puto baixinho e franzino, mas fodia como um cavalo (falando português) e tive a sorte de ter uma parceira que sempre me aguentou a pedalada. Teve esse facto algo a ver com a fidelidade que lhe mantive? Pode ser que sim, ou que não...mas reconheço que não é muito normal um jovem, na idade fogosa, ser fiel a uma só mulher. Casar-se, tendo conhecido apenas a intimidade de um corpo. Certo é que a primeira vez que a traí foi com um homem, quando já estávamos casados.

O que aconteceu nesse dia esteve sempre muito além da minha capacidade de interpretação.
Ia eu em viagem. No bar do comboio, reparei que um tipo de meia idade não tirava os olhos de mim. Sendo fumador, fazia sempre as viagens enfiado no bar, por poder fumar nessa carruagem. Passado algum tempo, comecei a questionar o comportamento do gajo. Se não fumava nem bebia, que fazia ali, na minha frente, a olhar-me de alto a baixo, lembro-me de ter pensado.

A certa altura dei conta que o tipo se acariciava e que estava excitado, enquanto me olhava com aquele olhar de predador, que se nesse tempo eu desconhecia e me incomodou, hoje me excita como nenhum outro. Primeiro apeteceu-me bater-lhe, confesso. Mais ainda quando eu próprio me senti excitado com a situação. Lembro-me de um turbilhão de emoções. Um misto de curiosidade, raiva, repúdio, que me invadiram a mente e me fizeram correr dali, sobressaltado. Não tornei a ver o tipo até ao fim da viagem.

Chegado ao destino, saio da estação e entro no primeiro bar que encontro. Deviam ser umas 22 horas. Ia pernoitar em casa de familiares e apresentar-me de manhã no quartel da cidade, para a inspecção militar. De repente diz-me o funcionário que alguém me quer pagar uma bebida. Olhei para o fundo do balcão e vejo o mesmo tipo do comboio, sorrindo-me, com uma postura que na altura eu não conseguia avaliar, mas que hoje reconheço, soltava charme e sensualidade por todos os poros. Estava ali de novo a olhar para mim. Coincidência? Nah...nem um ingénuo como eu acreditou.

Não sei como nem porquê, mas aceitei-lhe a bebida, o que lhe deu liberdade de se sentar ao meu lado e meter conversa. Saímos dali apenas quando o bar fechou, para casa dele. O que passou nessa noite foi algo até hoje incomparável e que obviamente me marcou para o resto da vida. De manhã levou-me ao quartel e passou de tarde a apanhar-me. A estadia que deveria ser de dois dias, demorou uma semana e voltei a casa apenas por me lembrar que tinha muita gente preocupada comigo.

Melhor dizendo, parte de mim voltou, mas não o mesmo que tinha saído uma semana antes. Não era, e nunca mais havia de ser a mesma coisa...

Que Touro!

Com um gajo destes, até debaixo de água...

Só eu é que sou...


Em Las Vegas, na Terra do Tio Sam, a prostituição é uma actividade tão legal como outra qualquer.
Recentemente foi capa de revista este jovem, que admite cobrar 300 dólares por hora e garante a satisfação "das" clientes.
Com este aspecto de machão, pergunto eu que número calçarão "as" clientes dele?

Nah... deve ser impressão minha. Só eu é que sou!!

Até a natureza é nossa amiga :-)